Responsável por 11% de toda a energia solar gerada no país, o Rio Grande do Sul deve dobrar a produção neste ano, conforme projeção da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica. Em junho de 2021, o Rio Grande do Sul produzia 747,9 megawatts de energia solar. No mesmo mês deste ano, esse número saltou para 1,3 gigawatts. Até o fim de 2022, a geração deve quase dobrar, chegando perto dos 2 gigawatts.
A alta ganhou força desde a aprovação de uma lei federal que instituiu o Marco Legal da Geração Distribuída. Pela nova legislação, quem pedir a instalação até 6 de janeiro de 2023, segue na regra atual até 2045 e recebe de volta, como desconto cada kilowatt gerado. Quem deixar para depois vai pagar tarifa.
“Saímos da crise hídrica, de bandeiras tarifarias elevadas, então a energia solar vem como uma solução nesse âmbito e se soma com a mudança regulatória”, diz a coordenadora da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica no RS, Mara Schwengber.
No Brasil, o RS ocupa a terceira colocação entre os estados que mais geram energia solar.
Empresas do setor de instalação dessa tecnologia projetam uma demanda ainda maior nesse período. Em uma delas, em Santa Cruz do Sul, as vendas dispararam.
“A ideia é já ter um crescimento para esse ano na ordem de 70%, 75%. Estamos preparados para isso, inclusive estocados”, afirma o diretor comercial, Mauro Soares.
Economia
A economia gerada pela instalação das usinas residenciais e comerciais é o que o consumidor mais tem buscado. Em Santa Cruz do Sul, o securitário Douglas Goetze conseguiu reduzir a conta de luz de uma média de R$ 200 para R$ 50. Isso, mesmo com a chegada do segundo filho do casal.
“Com criança pequena no inverno a gente precisa utilizar aquecedor, chuveiro, tudo mais do que antes. Agora a gente pode utilizar bastante os itens a mais, itens novos, então, nossa, vale muito a pena”, diz Douglas.
Mesmo com a taxação prevista, de acordo com a Absolar, quem deixar para fazer a instalação no ano que vem, ainda deve ver a conta de luz reduzir.
“Vai continuar valendo a pena, a questão é que o modelo atual de compensação de um para um vai mudar, então o usuário não vai ter mais cem por cento do benefício como tem hoje, mas ele vai continuar tendo a redução na sua conta de energia de uma maneira gradual, pagando algumas parcelas da tarifa de energia”, pontua Mara Schwengber.
Fonte: G1.