A GreenYellow planeja investir R$ 500 milhões (US$ 102 mi) no Brasil este ano, disse o CEO local da empresa solar francesa, Roberto Zerkowski, em entrevista coletiva na última quarta-feira, 23.
O capex deste ano é 43% superior aos investimentos anunciados para 2021, que totalizaram R$ 350 milhões. A maior parte dos recursos será destinada a projetos solares fotovoltaicos de geração distribuída (GD).
“O mercado fotovoltaico está acelerando muito rápido e deve liderar nossos investimentos em 2023. Vamos explorar este último ano de geração distribuída nas regras atuais e possivelmente estruturar novos modelos de negócio a partir da nova lei”, comentou o executivo, afirmando que a ideia é também integrar essa energia à comercializadora no mercado livre.
Zerkowski comentou que a companhia está explorando novos “upsides” que possam compensar os negócios a partir do ano que vem e que o desafio agora é haver um reequilíbrio no mercado para definição de um novo pipeline. “Pode ser que gere oportunidade em termos de precificação das tarifas, muito por conta da oferta que tenderá a diminuir, então temos essa expectativa do reequilíbrio”, avalia.
Além da solar, o segmento de eficiência energética registrou 270 GWh de economia anual gerada pela troca de 36 mil lâmpadas, 267 fancoils e 8 chillers em mais de mil projetos em operação no país, mostrando crescimento de 17% que também colaborou para a empresa atingir um lucro de R$303,87 milhões. A empresa também anunciou novas parcerias, com o Grupo Profarma, as Lojas Quero Quero e a Panvel.
2022
Para este ano, o objetivo é seguir investindo em digitalização, com um aporte de R$8 milhões destinado ao desenvolvimento e evolução de soluções digitais e na aplicação de inteligência de dados. O foco acontecerá em duas frentes: solução de gestão de faturas, com o gerenciamento de mais de 780 mil contas no ano frente a 320 mil em 2021; e de hipervisão de dados dos sistemas, utilizada para monitoramento de performance de eficiência e que será lançada ao mercado neste ano.
Outro ponto destacado é a entrada de vez na área de armazenamento no país, incialmente através de uma parceria assinada em janeiro com a NewCharge, para o desenvolvimento de oportunidades on-grid e off-grid. “Buscamos um parceiro que trouxesse o background de regulação e entendesse as demandas de clientes e da estrutura tarifária local. É algo complementar ao portfólio, auxiliando as empresas a reduzirem a conta de energia e a ter maior independência energética da rede”, enfatiza.
No setor de eletromobilidade, o objetivo é trazer para o país a oferta aplicada na França, onde já conta com mais de 250 eletropostos em operação. “Nosso target inicial é formar parcerias com empresas que estão eletrificando a frota, tanto industrial quanto comercial e devemos iniciar a implementação de cem estações de recarga nesse ano”, informa Zerkowski.
O modelo oferecido será o ‘as a service’, no qual o cliente não precisa investir nos equipamentos e adequação de infraestrutura, bastando somente pagar uma mensalidade pelo uso do carregador.
Com: Canal Energia.