A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou, nos últimos dias, uma série de reajustes nas tarifas de energia elétrica de ao menos 9 distribuidoras em 7 estados diferentes, que chegam a quase 32% dependendo do tipo de cliente. O levantamento foi feito pelo InfoMoney com base em anúncios recentes da agência reguladora.
A maior alta (31,94%) será sentida pelos clientes de alta tensão da EFLUL, uma pequena distribuidora de Urussanga (SC) que atende a menos de 40 mil unidades consumidoras (cada unidade consumidora pode atender a várias pessoas de uma residência ou a um comércio ou empresa, por exemplo).
O reajuste médio para os clientes catarinenses da empresa será de 20,32%, e para os consumidores residenciais a alta vai ser bem menos salgada: de 8,32%.
Entre as grandes distribuidoras, o maior reajuste de tarifas (23,72%) para clientes de alta tensão foi autorizado para a Elektro, que tem sede em Campinas e atende a 2,8 milhões de unidades consumidoras em 228 municípios de São Paulo e Mato Grosso do Sul.
A Elektro teve também o maior reajuste de tarifa para consumidores residenciais entre todas as distribuidoras: 10,76%. Com isso, o reajuste médio na conta de luz será de 15,77% em 218 cidades paulistas e em 5 sul-mato-grossenses.
Em Alagoas, a Aneel decidiu manter as tarifas aprovadas em 26 de abril (quando permitiu um reajuste médio de 19,88%). O estado é atendido pela Equatorial (EQTL3), que tem aproximadamente 1,2 milhão de clientes (unidades consumidoras) em Alagoas (ela também atua em mais 5 estados: Amapá, Maranhão, Piauí, Pará e Rio Grande do Sul).
Mas o efeito médio para os consumidores paraibanos será de uma alta de 1,03%, porque haverá um reajuste de 0,34% para baixa tensão e de 3,49% para alta tensão. A Energisa (ENGI11) atende a cerca de 1,5 milhão de unidades consumidoras no estado.
No Paraná, por outro lado, haverá uma redução média de 3,93% para os consumidores da Forcel, puxada por uma forte queda de 12,04% no preço da energia para os clientes de alta tensão. Mas a Forcel (Força e Luz Coronel Vivida) também é uma pequena distribuidora, que atende a menos de 40 mil unidades consumidoras no estado.
A Aneel afirma, em quase todos os casos, que o impacto do reajuste aos consumidores foi mitigado por uma série de medidas aprovadas recentemente pelo Congresso (e que tiveram o apoio do governo federal e da agência reguladora).
Entre elas estão a utilização de créditos tributários de PIS/Cofins e o repasse da Eletrobras (ELET3;ELET6) à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), que estava previsto na privatização da estatal.
Fonte: InfoMoney.